Paratienses são celebrados na Flipinha

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A 20º Flipinha preparou uma homenagem histórica no segundo dia de festa celebrando o centenário de nascimento de dois paratienses ilustres. Na roda de conversa “Homenagem: Irma Zambrotti e Zezito Freire”, público e convidados choraram a saudade por personagens que marcaram época.

Amaury Barbosa e Belita Cermelli mediaram o encontro dos familiares de Dona Irma e Seu Zezito, escritores que registraram histórias e eternizaram a cultura de Paraty em seus livros. Belita enfatizou a importância de trazer esse momento de reverência a pessoas importantes para a história de Paraty e lembrou que Seu Zezito esteve presente como convidado na abertura da primeira Flip, em 2002. “Nós devemos garantir que Paraty não perca suas tradições”, afirmou. “Buscamos caminhos para permitir que as histórias sejam transmitidas de geração em geração, porque a nossa história precisa ser permanentemente resgatada, e essa é a identidade da Flip”.

O jovem Niam Freire contou sobre o trabalho que a família realiza para preservar a memória de Zezito Freire, seu avô, e comentou sobre as influências que os livros têm na sua formação como escritor. As pessoas na plateia receberam uma pequena lembrança com QR codes que possibilitam o acesso ao acervo digital da obra de Seu Zezito, resgatada nos causos revelados por seus filhos Lúcio Gama Freire e Antonio Carlos Freire.

Sempre presente e lúcida, Irma Zambrotti é motivo de orgulho para sua filha Solange da Cruz Machado. “Ela dizia que depois de velha tinha virado enciclopédia”, revelou Solange. “Sinto tamanha felicidade por presenciar essa homenagem”. Muito emocionado, Rodrigo Zambrotti Doria confirmou que a família está honrada por saber o quanto a avó, Dona Irma, é respeitada pela Flip como autora. “Eu morei com meus avós, por isso acompanhei o processo criativo do livro ‘A menina e a coruja’ e fico admirado como minha vó constrói a narrativa fazendo o diálogo dela com seus dois alter ego”, disse Rodrigo. “Até hoje minha avó é incentivo para eu seguir a carreira literária”.

O tema da programação tinha como objetivo resgatar a Paraty da época em que os autores eram crianças. Para Vinicius Zambrotti Doria, o que Dona Irma fazia era jornalismo poético. Pois foi com afeto e poesia e muitas lágrimas que a memória dos ancestrais marcou o segundo dia da Flipinha 2022.

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