Pluralidade narrativa na Flipinha

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A segunda mesa da Cirando dos Autores na Flipinha, “Território mágico”, com Angelo Abu e Gabriela Romeu, tratou da pluralidade narrativa intrínseca à brasilidade e o poder da imaginação. As obras de ambos os autores, “Macunaíma em Quadrinhos” e “Irmãs da Chuva”, resgatam, (re)imaginam e/ou apresentam “pluriversos” (pluralidade de universos) do imaginário brasileiro.

“‘Macunaíma’ é uma história sobre a cara do Brasil. É um livro que eu adorava quando era criança, pois falava sobre a gente [brasileiros]. Macunaíma é o ‘herói sem caráter’, porque “caráter” remete para [a ideia de] “caracteres”, que são marcas. […] O Brasil ainda está em formação, em construção, assim como Macunaíma”, disse Abu ao tratar sobre a identidade do Brasil. Gabriela contribuiu com a afirmação do colega autor ao dizer que “o Brasil que vivemos, na verdade, são ‘Brasis’ com um “universo encantatório, um pluriverso de encantos.” E prosseguiu: “Brasis de uma escuta muito alargada, em que podemos ver e ouvir um Brasil invisível.”

Tanto as “Irmãs da Chuva” quanto “Macunaíma em Quadrinhos” relembram as raízes comuns das quais viemos, as referências culturais que partilhamos, o pensamento mágico que sustenta nossa subjetividade e que nos representa, simbolicamente, “O nosso pensamento é mágico, por natureza. Quando a gente sonha, devaneia, usamos recursos de imagem”, finalizou Abu.

Esta mesa contou com tradução e interpretação em libras, assim como toda a programação da Flipinha. As mediadoras Miriam Esposito e Wara Jahuira vivem em Paraty e participaram do Percurso Formativo Sementes antes de formarem esta mesa.

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