Festas de São Luís do Maranhão, terra de Maria Firmina dos Reis, encerram noites da 20ª Flip

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A Flip é uma festa feita de muitas festas. Nos dias recentes, em que visitantes, moradores e autores voltaram a Paraty, as ruas da cidade também foram palco de manifestações culturais típicas do Maranhão, terra de Maria Firmina dos Reis, autora homenageada na edição de 2022.

Na quarta-feira, 23 de novembro, o Bumba meu Boi da Floresta de Mestre Apolônio coroou o final da noite de abertura. A brincadeira tradicional, que constrói sua musicalidade exaltando influências africanas, tomou forma de cortejo que partiu da Igreja da Matriz e arrastou o público, com matracas e pandeirões, até o Pontal do Areal.

Essa festividade tradicional, uma expressão viva da baixada maranhense, também ocupou o Auditório da Praça na quinta-feira, 24 de novembro, como encerramento do segundo dia da festa.

No fim do terceiro dia de Flip, 25 de novembro, sexta-feira, o público acompanhou de perto, de novo no Auditório da Praça, o Tambor de Crioula, apresentação de dança popular maranhense, que alia canto a instrumentos percussivos, mesclando aspectos religiosos e de divertimento. Essa manifestação popular, que ocorre durante os festejos de São João e no Carnaval, encerrou a série de apresentações trazidas a Paraty por iniciativa do Instituto Cultural Vale, patrocinador oficial da Festa por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. 

Tanto o Boi como o Tambor foram fundados por Mestre Apolônio (1918-2015), ícone da cultura popular do Maranhão, como forma de preservar os valores e tradições das manifestações culturais do bairro da Liberdade, em São Luís. No ano em que homenageia a influência de Maria Firmina dos Reis na formação do nosso cânone literário, a Flip em muito se alegra por receber essas experiências de celebração que remontam às origens da primeira romancista brasileira.

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Foto: Sara de Santis