A Flip começou! Esses são os destaques da quinta-feira

Categoria: ,

A Flip 2023 começou. Durante o dia, a chuva deu trégua, e a temperatura, de repente, subiu em Paraty (RJ). As calçadas de pedra do centro histórico logo se encheram de leitores animados para a Festa que estava prestes a começar.

Todas as ações aconteceram a poucos metros de distância, mas lembre-se de conferir a programação da Festa Literária para não perder as atividades das quais irá participar. (E não se esqueça de usar bastante protetor solar e se hidratar.)

Ontem (22), ocorreu a abertura do evento, com um belíssimo show de Adriana Calcanhotto em parceria com Cid Campos, numa apresentação idealizada especialmente para a 21ª Flip, que celebrou os dois artistas homenageados desta edição: Pagu e Augusto de Campos.

___

­Programação

Hoje, a programação principal começa cedo:

10h

Mesa 2: Um teatro, um precipício, com Flora Süssekind, Marion Aubert. 

Mediação: Natalia Brizuela.

12h

Mesa 3: Já não agia por minha conta, com Socorro Acioli, Felipe Charbel e Leda Cartum.

Mediação: Rita Palmeira.

15h

Mesa 4: Um quarto meio escuro, com Mónica Ojeda e Alana Portero.

Mediação: Stephanie Borges.

17h

Mesa 5: Digamos que seja a lua nova, com Manuel Mutimucuio e Tatiana Pequeno.

Mediação: Nanni Rios.

19h

Mesa 6: Às suas nebulosidades, com Dionne Brand e Angélica Freitas.

Mediação: Jamille Pinheiro Dias.

20h45

Mesa 7: Lembranças de todas as coisas ocorridas, com Sinéad Gleeson e Natália Timerman. Mediação: Rita Palmeira.

Mesa 1 da 21ª Flip. Foto: Walter Craveiro

­Cobertura | Mesa 1

A mulher do povo

“A mulher do povo é uma expressão preconceituosa se dita por pessoas preconceituosas”, disse Eneida Cunha Leal ao introduzir a primeira mesa da 21ª Flip. O termo, que deu título ao encontro entre David Jackson e Adriana Armony, era uma menção à coluna jornalística que marcou a entrada de Patrícia Galvão no movimento modernista brasileiro. Jackson, que acaba de lançar Palavras de rebeldia: uma antologia do jornalismo de Patrícia Galvão (Edusp) e é tradutor para o inglês de Parque industrial (1933), ressaltou que “há muitas Pagus, e nós, leitores, devemos viver descobrindo essas várias autoras”. Já Armony, autora no Pagu no metrô (Nós, 2022), lembrou que a homenageada da Flip “não era só à frente do tempo dela, ela é à frente do nosso tempo, seja na questão da luta feminista, da luta política, e sobretudo à frente por causa da coragem de pensamento”.

___

­Cobertura | Show

Adriana Calcanhoto

Algumas conexões aproximam a cantora Adriana Calcanhotto de Pagu e Augusto de Campos, e ela faz questão de apresentá-las em seu show na abertura da 21ª Flip. Alguns são detalhes menores, outros são encontros que aconteceram ao longo de sua vida. Ela recorda o início dos anos 1980, quando teve seu primeiro contato com as vidas de ambos por meio da obra de Augusto de Campos, Pagu – vida e obra. Sentiu-se atraída pela segurança e ideais de Pagu, aspectos que a influenciaram mais tarde. “Me identifico muito com a característica dela de ser muito fragmentada, de não ser uma coisa só, de não ver necessidade em tantas definições entre linguagens. Ela foi muitas e não se importava com isso”, declara a compositora.

Diante da Praça da Matriz, no coração de Paraty, Adriana também prestou tributo à trajetória de Augusto enquanto poeta e tradutor. E fez isso convidando seu amigo e parceiro musical de longa data Cid Campos. Cid é nada menos que o filho de Augusto e Lygia Azeredo Campos.

Show de Adriana Calcanhotto da abertura da 21ª Festa Literária Internacional de Paraty. Foto: Sara de Santis

Adriana fez questão de homenagear outras mulheres fundamentais para a nossa cultura, que deixaram, recentemente, um país cheio de saudades, como Elza Soares, Gal Costa e Rita Lee. “Mulheres que, assim como Pagu, tiveram muita coragem, influenciando muitas outras com suas atitudes, obras e trajetórias”, enfatizou. Ao lado de Cid, interpretou músicas de Duke Ellington traduzidas por Augusto, como “Solitude”, imortalizada por Gal, e “Sophisticated Lady”, que ganhou uma versão única de Elza.

E, sem deixar a poesia de lado, Adriana presenteou a plateia com a interpretação de quatro poemas de Emily Dickinson, também traduzidos por Augusto e musicados por Cid.

___

­Programação casas parceiras

O Dia Inteiro

Lançamento do livro “Entre dois planetas”, de Rosane Lacerda, no Espaço Leia Mais (Rua da Lapa, 366, sala 07)

O Dia Inteiro

Contação de histórias: “O sapo e a rosa e outras histórias infantis”, no Espaço Leia Mais (Rua da Lapa, 366, sala 07)

9h

Contação de Histórias do livro “Menina moleca”, no Espaço Leia Mais 

(Rua da Lapa, 366, sala 07)

10h

Dance Slam Batalha de coreografia de Tik Tok, com Dani Rosa, na Casa Poéticas Negras (Rua Comendador José Luiz, 398)

10h

Mesa “A história em imagens”, com Gabriela Biló e Inácio Araújo, na Casa Folha

(Rua do Comércio, 08)

10h

Bate-papo LabPib: Mulheres, alunas e profissionais, com Vanessa Rodrigues, Thiago, Bianca Pontes e Dani Costa Russo, na Casa Escreva, Garota! (Travessa Gravatá, 56)

10h

Sessão de autógrafos com as escritoras Larissa Campos, Marineuma de Oliveira, Luciana Burlamaqui e Valéria Nancí de Macêdo Santana. Na Casa Escreva, Garota! (Travessa Gravatá, 56)

11h

Lançamento do livro “Quando eu morder a palavra: Conceição Evaristo, entrevistas e guias de leitura”, na Casa Estante Virtual 

(Rua Marechal Santos Dias, 139)

11h

Mesa “Pagu, Zé e o teatro: todos pagãos”, com Lúcia Teixeira, Thais Aguiar, Marcelo Drummond e Jonas Golfeto, e mediação de Ubiratan Brasil, na Casa Pagã (Rua Marechal Deodoro, 378)

12h

Oficina de autoficção “Ficcionaliza a sua própria história”, com Adriana Pimenta, na Casa Escreva, Garota! (Travessa Gravatá, 56)

13h

A Casa Queer abre suas portas. Um bate-papo com Jean Cândido, Thássio Ferreira (realização e curadoria) e Amara Moira (curadora convidada)

14h

Mesa Mundo das Letras “Como nos expressamos pelo mundo”, com Cristina Lima, Mani Alvarez e Melissa Mesquita, na Casa Queer (rua Luiz Socó 01 — esquina da rua Fresca com a Praça da Bandeira)

14h

Sessão de autógrafos com as escritoras Jane Arruda, Eloísa Aragão, Cristiane Barausse e Valéria Nancí de Macêdo Santana, na Casa Escreva, Garota! (Travessa Gravatá, 56)

14h

Mesa “Educação, literatura e cultura para uma sociedade mais inclusiva”, na Casa Poéticas Negras (Rua Comendador José Luiz, 398)

14h

Cine Queer apresentaminissérie “Orgulho em acolher”, na Casa Queer (Rua Luiz Socó 01 — esquina da rua Fresca com a Praça da Bandeira)

15h

Mesa “Pinga sangue” com Mauricio Stycer, na na Casa Folha (Rua do Comércio, 08)

15h10

Mesa “Ações Locais: pequenas mudanças, grandes avanços”, com André S. Brito, Caio Esposito, Kitty Fernandes e Alê Carvalho, na Casa Queer (rua Luiz Socó, 01)

16h

Mesa “Narrativas e mulher idades na literatura contemporânea”, na Casa Baderna (Rua Marechal Santos Dias, 27)

16h

Espetáculo  “Heroínas na História” com a Cia Guarda Chuva, na Casa Escreva, Garota! (Travessa Gravatá, 56)

16h

Sessão de autógrafos com as escritoras Sandra Guimarães, Viviane Lucas e Amanda Carlou, na Casa Escreva, Garota! (Travessa Gravatá, 56)

16h20

Mesa O Lugar da Pessoa Queer no Mundo”, com Amara Moira e Luísa Amaral, com mediação de Regis Mikail, na Casa Queer (rua Luiz Socó, 01)

17h

MesaOrixás, herança africana e literatura” (com Rogério Athayde, Rodrigo Santos e Rita Lima), na Encruza Literária no Boteco Damião (R. Santa Rita, 229)

Mapa de espaços parceiros

17h

Mesa “O céu para os bastardos”: um olhar sobre a periferia, a escritora-servidora Lilia  Guerra conversa com Paulo  Werneck, na Casa República.org (Rua Dona Geralda, 25

17h30

Mesa “Mulheres que criam histórias para as crianças”, com Vanessa Prezoto, Blandina Franco e Raquel Badue, com mediação de Lilian Cardoso, na Casa Escreva, Garota! (Travessa Gravatá, 56)

17h30

Mesa “Direitos Humanos e Políticas Públicas LGBT+,” com Renan Quinalha e Amelinha Teles, com mediação de Thássio Ferreira, na Casa Queer (rua Luiz Socó, 01)

18h

Sessão de autógrafos com as escritoras Ana Márcia Cordeiro, Luciana Dias, Natália Dias e Catarina Maul, na Casa Escreva, Garota! (Travessa Gravatá, 56)

18h30

Mesa “Ninguém é puro crime”, com Bernardo Carvalho e Lucrecia Zappi, na Casa Folha (Rua do Comércio, 08)

18h30

Mesa “Diversidade e bem-viver: as múltiplas autorias em literatura indígena”, na Casa Poéticas Negras (Rua Rua Comendador José Luiz, 398)

19h

Queer Hour: happy hour com DJ (entrada gratuita), na Casa Queer (rua Luiz Socó, 01)

19h

Fuzuê literário: Literatura e Território, com Mestra Benedita Martins, na Muvuca Livros (Rua da Lapa, 261)

19h30

Apresentação poética “Sobre elas: uma manifesta”, com Slam das Minas SP, na Casa Escreva, Garota! (Travessa Gravatá, 56)

20h

Personal branding para escritores: como encontrar a sua voz literária, com Lilian Cardoso e Marina Hadlich, na Casa Escreva, Garota! (Travessa Gravatá, 56)

21h30

Samba do Bebele e Capoeira, com Janete Goes, na Casa Poéticas Negras (Rua Comendador José Luiz, 398)

___

Esse conteúdo é uma parceria entre a Flip e a Revista Bravo!

Compartilhe esta notícia: