Davi Kopenawa fala sobre Claudia Andujar

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O terceiro dia da 20a edição da Flip, sexta-feira, 25 de novembro, terminou com a mesa Livre e Infinito, dedicada a Claudia Andujar, a primeira Artista em Destaque da festa, uma categoria criada para refletir e discutir a obra e a trajetória de personalidades importantes da cultura nacional.

No palco, mediadas pelo curador e pesquisador Thyago Nogueira, estavam Nair Benedicto e Nay Jenkins, duas gerações de fotógrafas de trajetórias distintas, mas que se encontram em um olhar crítico e documental. Estaria presente também o ativista e liderança indígena Davi Kopenawa Yanomami, que, ao testar positivo para Covid 19, contribuiu com a homenagem através de um depoimento em vídeo, no qual tratou do envolvimento de Claudia com a causa do seu povo. A versão exibida durante a festa foi editada para respeitar o tempo da mesa, mas aqui é possível assistir à versão na integra.

 

Sobre a Artista em Destaque

Nascida em 1931, na Suíça, Claudia Andujar abandonou o continente europeu para fugir da perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O primeiro destino foi Nova York, onde desenvolveu interesse pela pintura. Em 1955, veio ao Brasil para reencontrar a mãe. Logo percebeu que se estabeleceria por aqui, e deu início à carreira como fotógrafa. 

A fotografia logo provou ser muito mais do que um trabalho, foi a maneira que encontrou de se comunicar com um país do qual desconhecia o idioma. Ao longo de décadas, Claudia colaborou com diversos veículos da imprensa brasileira, e trabalhou como correspondente de revistas internacionais. 

Após percorrer todo o território do país, a fotógrafa escolheu dedicar a segunda metade da carreira aos Yanomami, movimento que fez ecoar um gesto central da literatura: o de abrir uma entrada sensível ao lugar e ao olhar do outro

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Foto: Walter Craveiro